domingo, 23 de fevereiro de 2014

Don't cry.





Deus chorou quando conheceu o homem
e os anjos choraram quando conheceram as bombas.
eu me mantive no escuro durante todo esse tempo,
todo esse tempo de dor eu me mantive aqui,
entorpecida pelo caos e a fumaça do meu cigarro.
sozinha,  chorando bem baixinho.
escrevo pra quem?
um mar de lágrimas cobre os países pobres,
a menina de azul chora pelo mesmo cara.


óh honey,  não sangre pelos olhos!
o mundo,  sabemos disso,  não tem remédio.

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014


O que você sabe sobre perder alguém? Só se livrastes de um cara que nunca te amou. A sua dor não é a maior do mundo, caralho! assim como a minha que também não é. Perdi todos os alicerces, meus amigos me traíram e o garoto que eu poderia ter amado me deixou. Você era a única ponte que me ligava a humanidade e você cagou nisso.



      O velho disse, uma vez: "não construa nas pessoas". Eu só preciso ouvi-lo.

sábado, 8 de fevereiro de 2014



Eu queria ter curado tudo que dói em você, mesmo não sabendo o que fazer com a minha própria dor; mesmo tendo esse coração petrificado te curaria da parte mais triste da vida. Pequena, somos iguais em desgraça e eu não posso te curar porque estou tão na merda quanto você. Também espero a mão salvadora e esse fardo de salvar alguém não cabe em meus ombros. Não salvamos uma a outra, mas eu te tinha. O plano não era ficarmos juntas? Nunca acreditei no eterno, sempre soube que o adeus chegaria. Somos, agora, parte de um passado escuro, parte de uma amizade unida na dor. Você consegue me perdoar? Eu só queria ter te salvado.       



                     

quarta-feira, 5 de fevereiro de 2014

Esperar é suicídio. Desesperar.



Guardo o meu melhor sorriso para aquele que me salvará daqui. O fogo cobre a superfície do meu quarto, todos os infindáveis gritos de socorro já foram consumados. Cadê os meus amigos? Onde se encontra o cara que me beijou os olhos? Amenizo a dor do abandono com meia dúzia de comprimidos. Me desculpa, eu sempre fui autodestrutiva. Todos estes humanos que dilaceram o meu coração, todos estes putos que fincam o aço frio da navalha. Putos, putos, putos... eu ainda espero a porra da mão que me tirará desse inferno.