quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012


E quando a tempestade tiver passado, mal te lembrarás de ter conseguido atravessá-la, de ter conseguido sobreviver. Nem sequer terás a certeza de a tormenta ter realmente chegado ao fim. Mas uma coisa é certa. Quando saíres da tempestade já não serás a mesma pessoa. Só assim as tempestades fazem sentido.
(Haruki Murakami)

sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012


Alguma coisa secou aqui dentro de mim. Estou vazia de emoções. Oca. Meu coração não pulsa vida como de outrora. Se eu pudesse voltar a sentir tanto amor sem saber, a ter o sorriso espontâneo que sempre tivera. Querido, é tão difícil crescer. É tão difícil quando seus sentimentos estão bloqueados, anestesiados. Tô precisando de uma fuga, um sentido para esta minha vida. Preciso de um caminho, sinto-me perdida. Uma carta fora do baralho, uma peça que não se encaixa no quebra-cabeça. As noites para mim servem de consolo, porque dormir alivia (um pouco) está dor de não sentir nada. E pior do que ter todos os sentimentos pulsarem com tamanha intensidade é a angustia de ver  todos eles morrerem.      

domingo, 19 de fevereiro de 2012



Mas só que as vezes, a vida é tão dura comigo. E fazer as coisas darem certo não é nada fácil, meu bem. Vontade de entregar os pontos. Desistir. Os dias estão tão pesados de atravessar, o ar mais denso e eu tenho medo de entrar de novo na loucura. Não quero ter que batalhar ferozmente a minha felicidade, não quero matar um leão por dia e nem enfrentar os monstros de baixo da cama. Só quero paz. Uma paz mansinha. Tranquilidade. Tô cansada de ir ao extremo, de experimentar o céu e logo depois o próprio inferno, não que eu queira as coisas fáceis demais, mas só que desde sempre tive que lutar na raça as coisas que eu julgo serem minhas.   

sábado, 18 de fevereiro de 2012





Chorei vinte e sete minutos ininterruptamente naquele banheiro. Senti uma solidão profunda, devastadora, invencível, arrebatadora e inexplicável.


 (Tati Bernardi) 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012


Conversando com uma amiga ontem, relembrando os velhos tempos, disse a ela que o ano mais difícil para mim foi 2010. Foi um ano de muitas mudanças. E foi um tempo de tamanha solidão, confesso. Sei lá, eu gosto do que eu me tornei. Porque quando tu passa a maior parte do tempo sozinha você começa a se descobrir.