quarta-feira, 21 de dezembro de 2016

mais um adeus

o passado é bom, pequena. 
e ele não me assusta mais. 
meus amigos se foram e você também está se indo e logo não me assustará mais.
pensei em derrubar algumas lágrimas por você, mas já caíram tantas do meu rosto e eu entendi que lágrimas são apenas lágrimas e não argumentos. 
é tudo um ciclo, né? eu aprendi! a vida que segue, meu amor... 


por mais que doa. 








quinta-feira, 28 de julho de 2016

Sobre você, sobre o amor.


Você cresceu em mim de um jeito completamente insuspeitado, assim como se você fosse apenas uma semente e eu plantasse você esperando ver uma plantinha qualquer, pequena, rala, uma avenca, talvez samambaia, no máximo uma roseira, é, não estou sendo agressivo não, esperava de você apenas coisas assim, avenca, samambaia, roseira, mas nunca, em nenhum momento essa coisa enorme que me obrigou a abrir todas as janelas, e depois as portas, e pouco a pouco derrubar todas as paredes e arrancar o telhado para que você crescesse livremente."



Caio F. Abreu

quinta-feira, 14 de janeiro de 2016

todo texto não escrito e todo amor contido no meu mais íntimo foi, deliberadamente, dedicado a você. eu te esperei por mil anos e esperaria por mais mil, só pra ter teu cheiro impregnado no meu cabelo,
só pra ver teu rosto inchado de sono
e o gosto da tua ressaca na minha boca.

um milênio de espera.


o coração tá inchado de amor.


sinto medo como nunca.



   

terça-feira, 27 de outubro de 2015

minha vontade é só deitar a cabeça no seu ombro esquerdo e chorar um choro imaculado e triste.
meu tesão pra criar anda tão esgotado, baby
as palavras quase que não mais salvam
mas salvam.
a parte do cérebro humano que armazena as lembranças pode ser muito das vezes cruel.
trégua.
grita o meu coração em chamas.
são as mesmas crises.
faz uma noite meio fria lá fora,
meus amigos estão loucos
e eu só queria cobrir o pulmão de nicotina
enquanto encosto a cabeça no seu ombro esquerdo.

segunda-feira, 13 de julho de 2015

Se for preciso eu pego um barco, eu remo por 6 meses
Como peixe, pra te ver
'Tão pra inventar um mar grande o bastante
Que me assuste, que eu desista de você.

Se for preciso eu crio alguma máquina
Mais rápida que a dúvida
Mais súbita que a lágrima
Viajo a toda força e n'um instante de saudade e dor
Eu chego pra dizer que eu vim te ver. 



Rubel. 

terça-feira, 7 de julho de 2015

uma certa bipolaridade em querer socar a tua cara pra depois beijar. 


odiar só pra então amar. e eu nem sei se amo ... ou se é apenas ódio pelos teus olhos e por tuas mãos e talvez ternura pelo som da tua risada. 
paradoxo. 
o que me mata é esse querer violento, essa coisa que viola
as convulsionadas arcadas do meu sossego.

voltar, pra depois ir embora
e ir embora pra depois voltar. 
ciclo sem fim. 



o amor comeu a minha paz e os meus planos e os meus medos.




e eu fiz o que pude do que sobrou de mim.

desculpa, dear. 

domingo, 7 de junho de 2015

outubro.

eu rasgaria outubro do meu peito e queimaria toda tristeza que nele coube. a saudade em carne viva se fez morada todos os dias desde o ultimo outubro negro. te amo com força e sofro com força e se você soubesse o quanto és importante voltaria para um último beijo. quanto dor cabe em uma lágrima? o quanto de remorso pode armazenar um coração? eu voltaria, meu amor, pra poder mudar tudo isso e faria tudo certo dessa vez, eu voltaria e congelaria o seu sorriso no sofá da sala enquanto do quarto eu te via. lindo, alegre, em paz. 


não, ninguém entende o meu choro, pois ninguém sabe que fui sua. o mesmo sangue que percorria o seu corpo, me percorre também, é o mesmo sobrenome, é a cumplicidade, o segredo, a ternura que nos ligou. agora tudo dói. 


 janeiro me deu teus beijos, mas foi outubro que te tirou do mundo.