domingo, 7 de junho de 2015

outubro.

eu rasgaria outubro do meu peito e queimaria toda tristeza que nele coube. a saudade em carne viva se fez morada todos os dias desde o ultimo outubro negro. te amo com força e sofro com força e se você soubesse o quanto és importante voltaria para um último beijo. quanto dor cabe em uma lágrima? o quanto de remorso pode armazenar um coração? eu voltaria, meu amor, pra poder mudar tudo isso e faria tudo certo dessa vez, eu voltaria e congelaria o seu sorriso no sofá da sala enquanto do quarto eu te via. lindo, alegre, em paz. 


não, ninguém entende o meu choro, pois ninguém sabe que fui sua. o mesmo sangue que percorria o seu corpo, me percorre também, é o mesmo sobrenome, é a cumplicidade, o segredo, a ternura que nos ligou. agora tudo dói. 


 janeiro me deu teus beijos, mas foi outubro que te tirou do mundo. 



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