quinta-feira, 22 de agosto de 2013

Estava pronta para xingar a Vida, afinal, eu estava parada em um ônibus lotado, um trânsito desgraçado e uma incontrolável vontade de mijar. Daí, olhei pra fora e vi, lá estava, a lua, linda e grande. Às vezes, só às vezes, a gente acha um pouco de paz no inferno.      

sexta-feira, 16 de agosto de 2013

"Quando olho para mim mesmo, não gosto do que vejo. Mas quando olho para você, gosto muito menos. Os amigos desaparecem no momento exato em que você precisa deles. O mundo te machuca. As pessoas te empurram nas filas, dentro dos ônibus, nas esquinas. Tudo grita na sua cara que você não vale absolutamente nada. Quando olho para você, quando olho para mim, não posso evitar de pensar que o homem é apenas um animal que não deu muito certo."
Caio F.  

quarta-feira, 14 de agosto de 2013



Não volta pra ela hoje, volta pro inferno de nós.  Te aceito, te quero e o perdoou pelos 100 anos de solidão. Fica, dorme em meus abraços, braços que não sabem segurar um alguém, mas fica, "hoje a noite não tem luar".     

sábado, 10 de agosto de 2013


O escuro da noite engole a minha sanidade e a vomita em outro universo paralelo. “A noite anoiteceu tudo”. Faz frio na cidade cinza, meus demônios despertaram, fumaça de cigarro paira sobre o meu particular inferno. Na esquerda do quarto, há um monstro de pelagem negra, em outrora, ele não era notável, mas lá estava, na espreita. Ele cresce, ele ganha força a cada dia (ou seria noite?). Não sei quais são tuas intenções, não há ataque, mas também não há cura. Que cê quer, Senhor Monstro? Pergunto sempre, quase aos sussurros. Nunca obtive respostas.

As madrugadas seguem assim, um silêncio turbulento, o breu do nada me mastiga violentamente. Atravesso o cômodo mais gélido da casa, puxo uma tragada mais forte do cigarro e encaro o espelho:

- Ih, olha lá, o monstro parece que mudou de lugar!                   

quarta-feira, 7 de agosto de 2013



Na maioria das vezes, passo sendo esta daqui a qual me tornei. Eu sou sozinha, baby, sozinha e louca. Temi tanto que esse dia chegasse, chorei potes por achar que a solidão é a pior das hipóteses que, agora, não dói. Não fui embora, não partiu das minhas mãos a traição e eu não lamento por nada. Tudo que tinha que ser chorado, já foi chorado, não há mais lágrimas para serem consumadas. Não há mais dor. Atravesso o quarto gélido com a mesma cara inchada de sono, mas os livros não são os mesmos, os filmes não são os mesmo, as musicas já não são mais as mesmas, honey; tudo morreu e, sobre os túmulos, surgiram flores tristes.  E das flores tristes, fiz o meu espetáculo.     

quinta-feira, 1 de agosto de 2013

"Eu sou um aeroporto. Chegadas e partidas são a única certeza na minha vida." (Lucas S.)



Eu me arrependo da bebida e dos cigarros. As pessoas das noites frenéticas de sábados inconsequentes nunca preencheram o buraco no meu peito, nunca conhecerão a parte bonita que ainda tenho. O passado é negro, honey, e aqueles que fizeram parte dele não mais estão e eu convivo com isso. Dizer adeus foi necessário. E o adeus é menos árduo do que o perdoar. Foi bom assim, baby, tudo vem e tudo vai, tudo é fase – a dor, a felicidade, o amor, os amigos – tudo é instantâneo, nada é poupado.