Essa é mais uma carta típica retrospectiva-de-fim-de-ano, perdoa-me pelo clichê, honey. 365 dias é o tempo que leva para se sessar um ciclo, e assim, começar um outro novo. Doze meses se passam rápido e qualquer um pode se enjoar deles. Começo daqui os meus agradecimentos para isso que chamamos de Deus. Obrigada, Deus, por esse ano ter se findado. Obrigada pelo novo e pelos amigos. Obrigada por ele ainda habitar o meu caminho, por mais que seja dolorosa à sua presença/ausência, agradeço. Obrigada pelas noites de cão, pelos cigarros e pela bebida barata. Obrigada pela dor e pelas cartas escritas a sangue. Obrigada por me fazer forte, Deus. Foi um ano da qual eu não sentirei meras saudades, mesmo tendo me arrancado sinceras gargalhadas. Foram 365 dias de noites ao léu. De muito álcool, bar e rock and roll. Meus dedos cheiram à nicotina e meu coração à nostalgia. Sem pedidos para 2013. Sem expectativas também. Na verdade, há dois anos o meu pedido ainda é o mesmo: Ele. Meninas más não recebem presentes, baby. Aprendi isso na marra.
E as minhas piores dores são as palavras que não posso dizer.
sábado, 22 de dezembro de 2012
segunda-feira, 19 de novembro de 2012
Mas eu não bebo para afogar as mágoas, honey. Bebo para afogar os meus demônios. E eles estão por aqui, servindo
de companhia ao pequeno monstro que criei. E todos eles estão aqui, baby. Bem
aqui. Perto de mim. Longe do rústico monstro que criastes. Perto do completo
abismo. Da solidão. Maldito seja o dia em que você enfiastes teu dedo podre na
minha vida, e assim, bagunçando a órbita do meu mundo. Maldito seja o amor. - E
eu te amo- . Amo, sabendo que isso me causa dor, porque não podemos amar o que
nos destrói. E você me desata o caos. Você destila o teu veneno e eu gosto. Você
fecha a porta do teu quarto e eu lhe abro as portas do meu coração. Dá para
entender? Dá?! Não dá, porra, não dá. Porque você é essa incógnita. Esse soco
no estomago. O estrago da vida. Fique bem, my
little monster. A noite caiu, e é em meus braços que você adormece.
quinta-feira, 15 de novembro de 2012
Dormi mal essa noite, honey. O dia hoje foi um cão dos infernos. A menina de preto chora por ter perdido o amor de sua vida. E eu choro, ao som de Amy, por nunca ter tido um amor. Por nunca ter conseguido amar, por nunca ter sido amada. E eu sou sozinha, baby. Eu sou sozinha e louca. Escrevo pra desconhecidos como você. Como eu. Como todos os outros. Meu humor está uma merda, minha tpm avançada e eu chorei oceanos hoje. Eu só preciso de um cigarro, baby. Um cigarro.
sábado, 27 de outubro de 2012
E de repente eu o via tão longe de mim, e tão perto das coisas onde eu não estava. É estonteante ver a queda do nosso alicerce e saber que tudo que um dia fomos virou pó na memória, e que tudo que um dia poderíamos ter sido foi rejeitado por medos bobos, muitos deles inexistentes. Eu sempre tive medo de profundidades, sempre tive medo do amor, cara. E do nada você estava lá, querendo alguém para amar, logo eu, tão errada e cheia de estragos. Talvez se eu não tivesse gostado do teu jeito, talvez se você não tivesse me olhando tão fundo e nem ido tão além, talvez, só talvez, eu não teria me apaixonado.
sexta-feira, 5 de outubro de 2012
Daí conforme vamos crescendo, começamos a realmente entender o porquê que Peter não queria crescer. Começar a ser adulto dói, o tempo cruelmente não para. E você só está apenas começando, Andressa. Vê se te cuida, fica esperta nesses becos da vida e por favor, cuidado com esse coração tão cansado e tão causado. Faltam, agora, pouco menos de dois meses para se sessar um ciclo e assim, começar um outro novo. Me dá um certo medo, sabe. Um medo filho da puta, porque eu não sabia que em dezessete anos me tornaria isso, mais dezessete e o que será de mim? É tempo de tirar as rodinhas e começar a andar por si própria, dona moça. É tempo de ver que todas as crianças crescem e que você não vive na terra do nunca, e sim, na terra do agora.
- OOOOOh, mãaaanhee. Eu não quero crescer!
sexta-feira, 31 de agosto de 2012
Em geral tenho conseguido me manter num estado de espírito mais ou menos equilibrado. Acho que as maiores depressões já passaram. Andei chorando, ou então apático, dormindo potes. Agora consegui pegar um certo fio, eu acho, e pelo menos admitir que as coisas pareçam um pouco estagnadas até que eu volte a me situar.
(Caio Fernando Abreu - Carta a Vera Antoun)
domingo, 10 de junho de 2012
O coração parece que deixou de pulsar, o sangue não bombeia freneticamente como de outrora. A poesia me falha, ela não escorre em minha veias verdes. Mas eu tô bem, poxa. Tô viva ainda. Sigo o meu caminho do jeito mais bonito que consigo, é pouco, eu sei, mas é o jeito que eu encontrei para não cessar. Tô trabalhando agora, enchendo a minha cabeça de outras coisas, outras preocupações que não são as minhas, pelo menos funciona, pelo menos me serve de fuga. No colégio esta ameno, o que me perturba são todas aquelas pessoas, uma legião de gente chata sem graça e fútil, e então eu acabo ficando sozinha, e começo a achar que o problema está em mim, e não não nas pessoas. A noite deito a minha cabeça no travesseiro, e adormeço, sem sonhos, só o cansaço.
segunda-feira, 4 de junho de 2012
E porque eu te olhava, e sentia uma enorme necessidade de te dizer que eras tão amado por mim. Eu queria te dizer tantas coisas, explicado tantas outras, mas eu fiquei ali, estagnada, meu coração transbordava emoções, um milhão de coisas se passavam em minha mente. Você era aquela força avassaladora que todas as vezes que eu tentava te dizer o tamanho do meu amor faltavam-me palavras, e então eu ficava ali, com cara de boba, te olhando desfreadamente. Você sem entender nada sorria, me olhava e sorria.
sexta-feira, 18 de maio de 2012
segunda-feira, 7 de maio de 2012
A cabeça já está começando a pesar. E o coração já não tem mais o som do "tum-tum". Eu só queria ficar na minha, poxa, eu só quero me encontrar. Tô buscando de todas as maneiras concertar este oco que se fez em mim, mas anda difícil, merda, anda difícil pra cacete sobreviver. O álcool não ajudou, nem os cigarros e nem as farras e nem ninguém, só se fez acumular pecados na coleção da consciência. Felicidades passageiras não me seduzem mais. Perdem a graça rápido.
domingo, 29 de abril de 2012
" Deu saudade, só isso. De repente, me deu tanta saudade. "
quinta-feira, 26 de abril de 2012
Foi realmente entranho encarar o papel e a caneta depois de tanto tempo. Quando a tempestade passou só me sobrou restos de uma vida que um dia já foi intacta. Os dias passam como tem que passar, o sol dá o ar de sua graça mas sem nos aquecer, o vento passa gélido sobre nossos rostos cansados. É outono por aqui. Assim como as folhas caem mortas sobre o chão, eu me encontro deste mesmo jeito, e aonde já foi verde esperança apodrece em um marrom sem graça. A natureza parece refletir o meu eu, o outono parece avisar que tempos ruins estão por vim. O inverno daqui a pouco chega e eu detesto o frio, porque todo ser humano precisa de um outro ser humano para manter o coração aquecido. E eu sempre estive só.
sábado, 14 de abril de 2012
segunda-feira, 19 de março de 2012
Estou atravessando os meus dias com o melhor que da pra ser. Tentando não ser esmaga pela inércia dos meus dias, sobrevivente de um mundo do qual não sei viver. Quase não dá pra suportar, mas dá. A única coisa amena que me ocorreu nestas ultimas semanas foi a recuperação da minha fé, porque agora eu acredito que ha um lugar onde o sol brilha para mim. Recuperar a fé na vida é combustível para o coração. Eu precisava disto. Muito. Precisava tirar a poeira deste coração cansado e ligar o motor, porque é estonteante morrer por dentro. E ninguém saber. Mas eu me dei uma segunda chance, só espero não cessar, eu tô em busca dos meus ideais, da minha felicidade. E o que me aquece à noite, é esta esperança de que o sol irá mostrar sua magnitude amanha.
quinta-feira, 8 de março de 2012
Tô tão esperançosa, assentou uma tremenda paz em meu coração. Mas eu tenho medo, medo desta possível calmaria, pois eu sempre fui tempestade, sempre fui confusão. Querido, voltei a acreditar no futuro, voltei a conversar com Deus e a sorrir, acredita? Só espero não cair frivolamente, não perder o calor, não sessar. E há tempos eu não sabia o quanto é bom recuperar a fé na vida.
quarta-feira, 29 de fevereiro de 2012
E quando a tempestade tiver passado, mal te lembrarás de ter conseguido atravessá-la, de ter conseguido sobreviver. Nem sequer terás a certeza de a tormenta ter realmente chegado ao fim. Mas uma coisa é certa. Quando saíres da tempestade já não serás a mesma pessoa. Só assim as tempestades fazem sentido.
(Haruki Murakami)
sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012
Alguma coisa secou aqui dentro de mim. Estou vazia de emoções. Oca. Meu coração não pulsa vida como de outrora. Se eu pudesse voltar a sentir tanto amor sem saber, a ter o sorriso espontâneo que sempre tivera. Querido, é tão difícil crescer. É tão difícil quando seus sentimentos estão bloqueados, anestesiados. Tô precisando de uma fuga, um sentido para esta minha vida. Preciso de um caminho, sinto-me perdida. Uma carta fora do baralho, uma peça que não se encaixa no quebra-cabeça. As noites para mim servem de consolo, porque dormir alivia (um pouco) está dor de não sentir nada. E pior do que ter todos os sentimentos pulsarem com tamanha intensidade é a angustia de ver todos eles morrerem.
domingo, 19 de fevereiro de 2012
Mas só que as vezes, a vida é tão dura comigo. E fazer as coisas darem certo não é nada fácil, meu bem. Vontade de entregar os pontos. Desistir. Os dias estão tão pesados de atravessar, o ar mais denso e eu tenho medo de entrar de novo na loucura. Não quero ter que batalhar ferozmente a minha felicidade, não quero matar um leão por dia e nem enfrentar os monstros de baixo da cama. Só quero paz. Uma paz mansinha. Tranquilidade. Tô cansada de ir ao extremo, de experimentar o céu e logo depois o próprio inferno, não que eu queira as coisas fáceis demais, mas só que desde sempre tive que lutar na raça as coisas que eu julgo serem minhas.
sábado, 18 de fevereiro de 2012
terça-feira, 7 de fevereiro de 2012
Conversando com uma amiga ontem, relembrando os velhos tempos, disse a ela que o ano mais difícil para mim foi 2010. Foi um ano de muitas mudanças. E foi um tempo de tamanha solidão, confesso. Sei lá, eu gosto do que eu me tornei. Porque quando tu passa a maior parte do tempo sozinha você começa a se descobrir.
segunda-feira, 30 de janeiro de 2012
quinta-feira, 26 de janeiro de 2012
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