sexta-feira, 20 de dezembro de 2013

O demônio agora tem outro nome.



Eu mandei um aviso prévio, baby. E nele estava escrito: "Não entre. Não ousas entrar nesse vácuo de abismos que irá te engolir." Tudo em vão. Tudo em prol de sua desobediência e sua habilidade impar de fazer cagadas. Eu lhe disse que entrar em meu mundo era encrenca. Que a matéria negra do meu olho é de um material amaldiçoado e pervertido não podendo ser habitável a olhos nenhum, justamente por serem águas turvas. Ofereci-te minha virilha e você o coração, sabendo que não se pode jurar amor eterno a uma puta, e mesmo assim, o fez. Por quê tanta cagada, cara? Não vês a minha alma prostituta? Você tem cheiro de virgindade e eu sinto o medo pairando sobre ti. Tuas mãos juvenis e nada firmes nunca me fizeram sua, nunca me possuirão. Meus orgasmos sempre foram incompletos com você, meus sorrisos também. Não morra, não chora e não sinta medo, são só merdas que eu te falo pra poder te adubar. Vê se cresça e aprenda que tudo o que tenho a lhe oferecer é o gosto amargo do meu fel e o meu sexo tão vulgar.  Ninguém desata o meu caos e há um monstro no espelho. Aprenda, caralho, aprenda que eu não preciso ser cuidada; já quis muito ser, agora, não mais. Desconta os teus descontroles em mim e me deixa roxa. Me bata, pois eu mereço. Me xinga dos piores nomes possíveis, pois sou. Me mande ao inferno, porque o demônio sou eu.







                                      

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