segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

19 de outubro

enxergar um pouco de luz no meio do abismo.
eu quase que pude ver os teus pulmões cheios de vida dentro daquela caixa fria.
olhos atentos e ouvidos curiosos me param na rua pra saberem o que houve.
deu na tv e nos jornais.
estatísticas, meu amor.
mais um caso, mais um corpo.
a pergunta é a mesma e sempre é pra Deus:


por que?





(3 meses. um vazio. uma saudade. eu te amei, filho da puta!)

de cada amor tu herdarás só o cinismo ♪


a cada cara que me deito, é como se levasse qualquer coisa minha. o que eu fiz daquilo que me fizeram? uma grande espera! esperar o amor, Andressa ... quantas linhas mais você terá que escrever para entender que o amor não é para você? é 2015, carrego 19 anos nas costas, a cidade está de baixo de um sol desgraçado, derrubei algumas lágrimas no banheiro. é tudo um ciclo. construir e depois destruir. dramas adolescentes. quisera eu voltar aos 15, quisera eu ter a virgindade, o sorriso e a malícia de outrora. eu fodi o que eu era e o que viria a ser. uma vida toda de esperas. esperar o amor como quem espera a morte.






do paraíso ao inferno a linha é tênue, meu bem. 



quinta-feira, 8 de janeiro de 2015





Eu que tantas vezes apertei o gatilho imaginário, que tantas vezes me joguei do abismo, tantas vezes mais ressurgi do pó, da lama e do caos. Eles me olham como se eu fosse uma puta. Pernas, peitos e buceta. Boca virgem de um eu te amo. É tudo metáfora. Meus cigarros, minha maconha e o meu sexo tão vulgar são tudo metáforas. Eles não entenderam a inocência da malícia, acho que nunca entenderão. Quem és tu que beijará o negro dos meus olhos onde outros tantos escarraram com desdém? A mão salvadora, porra ... eu ainda espero. 





Há um feixe de luz que invade o meu quarto, agride um pouco a minha visão.