domingo, 1 de junho de 2014



(olha pra mim, olha pra mim filho da puta; escreverei pra você pela primeira e última vez e, assim, faço-te eterno antes que tudo isso vire pó na memória.)


quanto desespero cabe em uma lágrima? a fumaça do cigarro cobre o cinza da cidade. chorei pelo último filho da puta que me deixou. essas mesmas dores são iguais a antigas dores. qualquer um poderia me salvar do precipício, qualquer um...
mas eu sempre sei dos lábios que sussurraram o adeus dolorido, dos negros olhos chorosos, dos mesmos comprimidos, da vontade louca de cavar um buraco até o núcleo da Terra e por ele ser engolida.






será sempre eu, será sempre eu sentada no mesmo banco da praça chorando por amores falidos.será sempre eu. 


sempre, merda.

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